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Criar seu comércio eletrônico demanda, em teoria, menos recursos que uma loja física, já que algumas despesas podem ser evitadas como aluguel, pagamento de atendentes etc. De qualquer forma, para iniciar um empreendimento é necessário fazer algum investimento.
Segundo uma pesquisa realizada pela Loja Integrada (uma plataforma para criação de loja virtual) e divulgada pelo portal E-commerce Brasil, o investimento inicial para abrir um e-commerce em 2018 foi de cerca de R$ 1 mil.
Muita gente pensa que é impossível empreender com um investimento inicial tão baixo, mas na verdade depende muito do formato escolhido para o negócio virtual.
Você pode começar vendendo nas redes sociais, por exemplo, o que não demanda nenhum custo além do estoque, taxas de envio e método de pagamento, ou seja, custos que deveriam ser cobertos pelas próprias vendas.
Quer saber como vender nas redes sociais? Não perca nossos conteúdos específicos sobre este tema:
Vender no Facebook em 4 passos
Você também pode vender em um marketplace. Os marketplaces que são aqueles grandes “shoppings virtuais” onde você coloca seus produtos à venda em troca de uma comissão.
Interessado em entender melhor o formato de vendas em marketplace? Confira aqui:
Tudo sobre venda em marketplaces
Outra opção é criar sua loja virtual própria. Existem diferentes maneiras de fazer isso, de acordo ao investimento disponível:
A opção 1, é o modelo de custo mais baixo. Hoje o mercado oferece templates de loja virtual gratuitos, eficientes e seguros. Envolve alguns custos mínimos como hospedagem, por exemplo.
Muitas vezes também é necessário fazer ajustes no template padrão, o que pode demandar alguns custos de serviços de terceiros como desenvolvimento ou design.
A plataforma pronta atende a necessidade de micros e pequenos empresários no início, porém, podem não ser suficientes com o crescimento do negócio.
Os formatos 2 e 3 demandam maior investimento, já que implicam a filiação a um fornecedor ou contratação de uma empresa especializada em e-commerce, que desenvolverá seu negócio de acordo às suas necessidades.
O ideal é definir uma solução de acordo com os planos que você tenha para o seu negócio nos próximos 5 anos, já que trocar de plataforma pode ser bastante complexo, não valendo a pena fazer isso em um período inferior a esse.
Na sequência vamos detalhar um pouco mais cada opção.
Como falamos anteriormente, uma opção para começar a vender na internet são as redes sociais. Se você usar o Facebook e o Instagram para divulgar seus produtos você não terá que pagar nada por isso.
Você pode criar uma conta de negócios nessas duas redes sociais, subir as fotos dos seus produtos com os preços, mas como falamos anteriormente, nenhuma das duas opções permite que o cliente finalize a compra na própria rede social.
Ele terá que ser direcionado a outro site onde possa pagar… mas onde, se você não tem um site próprio?
Nesse caso, você pode usar o Mercado Livre, por exemplo. Criando uma conta de vendedor no Mercado Livre você conta com a infraestrutura desse site conhecido mundialmente e oferece uma opção de pagamento segura para o seus clientes.
O diferencial do Mercado Livre em comparação a outros marketplaces é que ele oferece um plano gratuito, por meio do qual você sobe seus produtos na plataforma, sem pagar nada por isso.
O plano gratuito oferece baixa exposição na plataforma, ou seja, seus produtos não vão aparecer para muitos usuários do Mercado Livre, você terá que buscar outras formas de promovê-los como divulgar nas suas redes sociais, grupos, comunidades etc.
Por outro lado, se você estiver disposto a pagar uma comissão por vendas, pode escolher um plano pago e seus produtos terão maior exposição.
Neste caso, além de resolver a questão da finalização das vendas das suas lojas do Face e do Instagram, você ganha um importante canal de venda, que pode ampliar muito a visibilidade dos seus produtos e gerar mais vendas.
A ponto-chave desse modelo de negócio é encontrar um produto ou serviço que ofereça uma boa margem, para que você possa ter lucro, mesmo pagando a comissão ao parceiro.
Outra vantagem é que pelo Mercado Livre você oferece um serviço 360: vendas, pagamentos e envios.
Para ser um parceiro do Mercado Livre, não é necessário ter um CNPJ, você pode criar a sua conta de vendedor com seu CPF. Por outro lado, é sim necessário ter um CNPJ para usufruir de alguns serviços, por exemplo, o Mercado Coletas, no qual a transportadora exige a nota fiscal para transportar.
Por isso, nossa recomendação é que se você está pensando em entrar para valer no empreendimento online, considere criar um MEI, que é o registro de Micro Empreendedor Individual.
Informe-se sobre esse processo no portal do empreendedor.
Considere essa formalização mínima que permitirá a emissão de nota fiscal independentemente do formato de vendas adotado, pois sem isso é difícil conquistar credibilidade.
E aí, se interessou em vender no Mercado Livre? Então veja o passo a passo para se cadastrar e subir seus produtos.
Como abrir uma conta gratuita e começar a vender no Mercado Livre
Abra seu navegador de internet e entre no site https://www.mercadolivre.com.br/
Complete com seus dados pessoais, habilite e opção "não sou um robô" e clique em "continuar".
Sua conta foi criada. Agora clique no seu nome para começar a subir seus produtos para venda.
Clique na opção "vender" que aparece no menu superior.
Escolha o tipo de produto ou serviço a ser vendido.
Comece a completar os dados do seu produto e clique em "continuar".
Selecione a categoria do produto a ser vendido.
Clique em "confirmar" no aviso sobre a proibição das vendas de réplicas e falsificações.
Inclua todas as informações que descrevem seu produto, como marca e modelo e clique em "continuar".
Inclua as fotos que mostram seu produto.
Complete toda a informação adicional sobre o seu produto e clique em "continuar".
Inclua seus dados pessoais e clique em "salvar e anunciar".
Defina o preço de venda e clique em "continuar".
Para anunciar gratuitamente o vender tem que divulgar apenas 1 unidade por produto em estoque.
Se você incluiu uma quantidade maior de 1 unidade em estoque por produto, só terá a opção de realizar um anúncio pago. Neste caso, terá que escolher um dos dois planos disponíveis.
Selecione o método de envio do seu produto. O Mercado Livre oferece o serviço Mercado Envios que permite solucionar o tema da entrega diretamente pela plataforma.
Se você quiser aproveitar esse serviço é só clicar em "continuar".
Pronto! Depois da confirmação do seu endereço, seu anúncio estará publicado.
Outro modelo de comércio eletrônico de baixo custo que mencionamos é a criação de uma loja própria, utilizando plataformas open source gratuitas com ferramentas próprias para o comércio eletrônico.
Uma das plataformas mais conhecidas e com boa reputação é o WordPress. O WordPress tem uma solução de comércio eletrônico flexível e de código aberto chamada chama WooCommerce.
O WooCommerce foi desenvolvido para permitir a criação de um site de comércio eletrônico, sem necessidade de desenvolvedor web. De qualquer forma, se você é completamente iniciante nesta área você pode precisar de uma assessoria inicial.
O bom desse formato é que você pode criar a sua loja virtual de uma maneira independente sem estar vinculado a um marketplace, por exemplo, e sem tanta complexidade.
Seu principal custo nesse caso seria adquirir um pacote de domínio, servidor e alguns custos de desenvolvimento se você quiser contar com um apoio profissional nessa implantação inicial.
Futuramente, teremos um capítulo específico sobre como criar uma loja virtual própria com baixo investimento. Não perca!
Vender na internet com investimento médio ou alto
Se você dispõe de investimento maior do que mil reais para iniciar seu negócio digital, já está acima de média! Como falamos no início, pesquisas indicam que a maioria dos novos e-commerces conta com essa média de investimento inicial.
Dependendo do capital que você tenha para investir, poderá buscar uma empresa conhecida para desenvolver seu empreendimento online por uma plataforma de código híbrido ou proprietário.
Essa é uma opção para começar de maneira mais profissional. Neste caso, busque uma assessoria que tenha boa reputação e resultados comprovados.
Você também pode montar você mesmo seu negócio usando uns dos modelos apresentados anteriormente de open source ou alianças com e-commerces e usar sua verba excedente para investir no marketing do seu negócio.
Quanto maior o investimento em marketing digital mais chances você terá de alavancar seu negócio, desde que faça bom uso desse investimento, ou seja, use de uma maneira inteligente.
Você pode contar com uma assessoria de marketing digital para conseguir mais visitas à sua loja virtual e assim conseguir mais vendas.
Lembrando que independente do modelo escolhido, quanto maior o número de visitas que sua loja receber, maior serão suas vendas. Vamos entender a relação entre número de visitas e as vendas?
Dá uma olhada nessa conta.
Regra geral para um e-commerce no Brasil: o total do número de visitas do e-commerce representa de 0,5% a 1,5% vendas, ou seja, se a sua loja tiver 100 mil visitas por mês, isso se refletirá em um total de 500 a 1500 vendas.
Saber quantas visitas sua loja tem que conseguir para alcançar o número de vendas que você quer também ajudará você a ter uma ideia de quanto terá que investir em marketing.
Além de ter uma operação estruturada e com bons preços, é necessário um bom investimento em divulgação da sua loja, tanto por meios tradicionais (marketing tradicional ou assessoria de imprensa) como utilizando o marketing digital.
Se você não tem verba suficiente para contratar uma agência, busque capacitações nesta área. Na nossa lista de fontes de informação sugerida, deixamos um link de um curso de marketing digital gratuito do Sebrae para você!
O que queremos mostrar aqui é que o número de visitas do seu site influencia diretamente nas suas vendas e utilizando essa conta que apresentamos aqui você pode buscar mecanismos para atingir a sua meta de número de visitas e consequentemente de vendas.
Essa projeção de número de visitas também pode ajudar a entender a sua necessidade na hora de escolher uma plataforma ou um plano de hospedagem, já que algumas opções como os pacote de GoDaddy para WordPress, estabelece um limite de visitantes mensais nos planos mais básicos.
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